domingo, 1 de maio de 2016

PECULIARIDADES DAS GRANDES NAVEGAÇÕES À AMÉRICA NA ERA MODERNA

No final do séc. XV e principalmente nos séculos XVI e XVII ocorreram muitas viagens ao continente americano.


As principais potências europeias (monarquias absolutistas) envolvidas diretamente neste contexto eram: Espanha, Portugal, Inglaterra, França e Holanda. Cada um tinha uma particularidade no que se refere ao processo de Conquista e tomada de posse da América, em que na realidade já estava habitada e já pertenciam à alguém: os índios.


Já parou para pensar em toda a complexidade de uma destas viagens, as condições de segurança, condições climáticas, as incertezas...? Segundo (SEED, 1999): "O que os europeus partilhavam era uma plataforma tecnológica e ecológica comum: embarcações transatlânticas que carregavam balestras, canhões, arcabuzes, cavalos, equipamento de cerco e doenças".

Ainda segundo (SEED, 1999) "O domínio colonial sobre o Novo Mundo foi instaurado por meio de práticas basicamente cerimoniais - os colonizadores fincaram cruzes, estandartes, bandeiras e brasões; marcharam em procissões, apanharam um torrão do solo, mediram as estrelas, desenharam mapas, proferiram algumas palavras ou permaneceram em silêncio."

Cada grupo europeu tinha uma particularidade que usavam para "legitimar" a tomada de posse das terras. Claro que sempre sendo indiferentes ou simplesmente ignorando o fato que aquelas terras já pertenciam a alguém.





Navegar nos séculos XV e XVI era um trabalho muito arriscada, sobretudo quando se tratava de mares desconhecidos. O medo era algo habitual que ocorria pela escassez gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e, portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.



Navegações portuguesas e os descobrimentos

No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias. Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.



Navegações Espanholas

A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América (maias, incas e astecas), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas.




Referência:

SEED, Patrícia. Cerimônias de posse na conquista européia do novo mundo (1492-1640). São Paulo: Editora UNESP, 1999.






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